Parceria entre Poli-USP, LNEC, Universidade do Porto e Vale S.A. produz artigo publicado em revista internacional, a Infrastructures. O artigo intitulado “Evaluating Different Track Sub-Ballast Solutions Considering Traffic Loads and Sustainability” é produto do projeto da Cátedra UnderRail, Estudo de reciclagem de lastro desguarnecido: alternativas de materiais para a recapacitação de sublastro por meio de Equipamento de Grande Porte (EGP) na EFC para aumento da capacidade de carga.

O artigo tem como autores: Guilherme Castro, Jonathan Saico, Edson de Moura, Rosangela Motta, Liedi Bernucci, André Paixão, Eduardo Fortunato and Luciano Oliveira.

Com o objetivo de mitigar a contaminação ambiental, reduzir o consumo de recursos naturais e reduzir custos, a reciclagem de resíduos de lastro no sector ferroviário foi impulsionada. O projeto meticuloso e a construção dos geomateriais do leito da via desempenham um papel crucial para garantir uma vida útil prolongada da via. Este estudo explora materiais para aplicação e compactação utilizando uma máquina de reabilitação de formação equipada com um sistema integrado de reciclagem de lastro projetado para ferrovias de transporte pesado.

Dois materiais de solo reciclados e estabilizados com lastro foram investigados, atendendo à distribuição granulométrica necessária para a compactação e condições estruturais adequadas. O primeiro utilizou um solo arenoso siltoso de baixa capacidade de suporte, estabilizado com resíduos de lastro reciclado (RFBW) com minério de ferro na proporção de peso de 3:7, enquanto o segundo foi estabilizado com 3% de cimento. Foram realizados testes de laboratório para avaliar suas propriedades físicas, químicas e mecânicas, e um modelo numérico elástico não linear de elementos finitos foi desenvolvido para avaliar o potencial dessas soluções alternativas para sublastro ferroviário.

As misturas que incorporam material RFBW demonstram potencial significativo para uso como sublastro devido à sua composição mineralógica, incluindo minério de ferro, caulinita e quartzo. Contudo, a estabilização química com 3% de cimento pode melhorar ainda mais as condições estruturais da via. No entanto, as soluções provaram ser mais eficientes para solos de subleito moles do que para bases de solo mais rígidas.

Para mais informações acesse o artigo na íntegra em:

https://www.mdpi.com/2412-3811/9/3/54

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Vicente Abate

Vicente Abate é residente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária – ABIFER e da Associação Brasileira de Ensaios não Destrutivos e Inspeção – ABENDI, membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social e Sustentável.

É Engenheiro Metalurgista formado pela Escola de Engenharia Mauá, pós-graduado em Tratamento Termomecânico de Metais pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Possui MBA em Marketing pela FGV-SP e Babson College dos EUA, além de PDE (Programa de Desenvolvimento Estratégico) na Fundação Dom Cabral. É consultor da Greenbrier Maxion e da Amsted Maxion, diretor de diversas entidades setoriais, entre elas o SIMEFRE, e conselheiro de importantes associações do setor da mobilidade, como a ANPTrilhos.