Bacharel em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal do Maranhão, Lucas Fabrício, estagiário da Vale S.A. em manutenção preditiva apresentou no VI Simpósio de Engenharia Ferroviária o trabalho “Determinação de limite preditivo para rodas de locomotivas ge evolution com base na análise da curva de degradação de largura de friso”.

As rodas ferroviárias são componentes críticos para o transporte ferroviário, devido ao cenário de risco associado e a necessidade de alta confiabilidade. Na estrada de ferro Carajás (EFC) as rodas são monitoradas diariamente através dos equipamentos Waysides. Ao longo do tempo de operação, as rodas, podem apresentar diversos defeitos, dentre eles, a degradação de largura de friso. A avaliação dos efeitos do defeito friso fino são fundamentais para a garantia da segurança da operação ferroviária e para o entendimento dos custos associados à manutenção dos rodeiros.

Para reduzir o custo do ciclo de vida (Life Cycle Cost -LCC) das rodas e garantir maior previsibilidade de manutenção, este estudo estabelece intervalos preditivos (curva P-F) e análise de dados de vida (Life Data Analysis – LDA) com base na degradação de amostras de rodas usinadas por largura de friso. Delimitou-se o estudo nas locomotivas da frota GE Evolution para a determinação da manutenção a partir da função degradação obtida por regressão linear ao calcular-se o tempo para falha (Time to Fail – TTF) até o limite de 21 mm.

A partir dos dados observados, foi possível traçar novos limites críticos para monitoramento preditivo levando-se em consideração, além da confiabilidade, a previsibilidade para 30, 60 e 90 dias. Para a determinação do tempo até a falha (TTF), utilizou-se a equação de cada roda e extrapolou-se ao valor limite da falha considerada funcional.

De acordo com o autor estudos estão sendo realizados utilizando-se de aprendizagem de máquina para acompanhamento individualizado de degradação de cada roda, porém, ainda em estágio inicial de modelagem.

Para mais informações acesse o artigo na íntegra em: https://proceedings.science/sef/sef-2023/trabalhos/determinacao-de-limite-preditivo-para-rodas-de-locomotivas-ge-evolution-com-base?lang=pt-br

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Vicente Abate

Vicente Abate é residente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária – ABIFER e da Associação Brasileira de Ensaios não Destrutivos e Inspeção – ABENDI, membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social e Sustentável.

É Engenheiro Metalurgista formado pela Escola de Engenharia Mauá, pós-graduado em Tratamento Termomecânico de Metais pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Possui MBA em Marketing pela FGV-SP e Babson College dos EUA, além de PDE (Programa de Desenvolvimento Estratégico) na Fundação Dom Cabral. É consultor da Greenbrier Maxion e da Amsted Maxion, diretor de diversas entidades setoriais, entre elas o SIMEFRE, e conselheiro de importantes associações do setor da mobilidade, como a ANPTrilhos.